Terrorismo, terror multilateral

O mundo foi surpreendido com a morte de Osama Bin Ladem, através de ação militar norte-americana. Enquanto o povo americano aplaude o ato motivado principalmente pelo desejo de vingança, o lado ultra fanático islâmico, deve estar planejando retaliações. Desenvolve-se aí, novo ciclo de agressões e possibilidades de mais derramamento de sangue. Infelizmente, não morre junto ao número 1 da Al-Qaeda, o fanatismo cego que promove uma guerra santa, como se pudesse haver guerras santas.
Criminoso como era, Osama findou sua existência terrena através da política  que defendeu e promoveu - a violência.
Novamente infelizmente, vê-se utilizar a religião fanática, deturpando os ensinamentos mulçumanos, promovendo a captação de "soldados" sem capacidade de pensar, por valores deturpados e motivados por interesses escusos e não divulgados.
Maomé, que defendeu e alertou à proteção dos excluídos da sociedade, representados pelos sofredores, defendia um julgamento final, para cercear as atitudes equivocadas e repudiava atitudes materialistas. Respeitava, porém criticava os erros do judaísmo e cristianismo que se distanciavam da pureza original de seus ensinamentos. Pregou o Islão ("submissão à vontade de Deus"). Este mesmo profeta, que sofreu perseguições assim como outros profetas de Deus, veria sua pregação de submissão à vontade de Deus, plenamente deturpada e manipulada, pois esquecem o principal desejo deste Deus - o amor ao próximo.
O fanatismo vai deixando vítimas, e continuará, pois há aqueles que vivem, criam e promovem a violência, e esta mesma violência sobrevive e desenvolve-se cada vez mais contundente, pelo ciclo de vingança e "justiça divina", que de Divina nada possui.
Calcados pela intolerância, erram todos. Calcados na presunção de forças, erram novamente todos. E o terror muda de lado conforme os olhos de quem o vê.
A bestialidade humana, continua a promover lágrimas, enquanto deveria promover sorrisos. Maquiados de bons atos, podem estar sendo gerados atos escusos, sofrendo as consequências as reais vítimas, envoltas em banhos de sangue, discriminação e cerceamento de liberdade e direitos humanos.
São as bestas correndo atrás dos próprios rabos, realimentando o ódio e o fanatismo que não é exclusividade de um único lado.
O terrorismo não é uma religião, é uma chaga humana. O poderio militar/econômico também assim o é.


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