Sensações
E o chão ganha movimento, os objetos ganham relances, o motor ganha o espaço. Sem pretensões, sem grandes velocidades, vou a caminho da estrada, real habitat de minha motocicleta. Ruas e avenidas não são para uma estradeira, são suportáveis por nos conduzirem às estradas.
Chega o pavimento largo de alta velocidade. Agora a moto desliza, sua vibração é mínima com o ganho de velocidade, desloco-me lateralmente com pequenos movimentos, suaves nos manetes. O vento cede, o espaço cede, cortamos o ar.
Observo a tudo, árvores, morros, a silhueta da estrada, seus ocupantes, sinais luminosos, o barulho do vento, os olhares curiosos..., mas não há como se desvencilhar do som do motor e suas vibrações. A cadência, a inclinação nas curvas, a resposta da suspensão.
Tudo é harmônico, prazeroso, sem pressa ou irresponsabilidade. O destino muitas vezes não é o principal. O é, estar a caminho, e da melhor forma, eu em minha motocicleta.
Cara, linda a reflexão!!! Meu médico mandou eu parar de andar de moto e... troquei de médico!
ResponderExcluirAbraços fraternos. Em tempo, Marcão será papai em maio.