Oito erros de motociclistas...

... com relação a pneus.


1) Pneu remold ou remoldado - Nem deveria me estender neste assunto porque é PROIBIDO, ponto final! Substâncias ilícitas também são, mas muita gente usa. Então, é melhor explicar o motivo da proibição. Caso não se tenha notado, moto não é carro! Carro é carro e moto é moto (e vice-versa). Nos carros existem quatro pneus, se um deles falhar, ainda sobram três para segurar a barra. Motos só têm dois pneus, se um falhar... já era! Por isso, os pneus de carro (caminhões e aviões) são fabricados de forma a permitir o recapeamento, ou "remold". Já os pneus de moto, por uma questão de segurança, não são feitos para receber uma nova banda. Quando feita é uma GAMBIARRA perigosa e ilegal! 

2) Rodízio de pneus - Hoje em dia não se faz nem em carros, mas tem gente que coloca um pneu traseiro "meia-vida" na roda dianteira. Como as motos têm apenas duas rodas, uma das funções do pneu dianteiro é abrir caminho no piso molhado para o pneu traseiro tracionar melhor. O pneu traseiro é desenhado de forma a receber a tração que vem do motor, e o pneu dianteiro não recebe tração, ele apenas rola e freia. Além disso, o pneu dianteiro é mais fino para funcionar como uma lâmina que corta a superfície de água. Se usar um pneu traseiro na frente, a moto pode até aquaplanar! 

3) Pneu mais largo - Nos carros, os pneus mais largos ajudam a dar mais estabilidade (dentro de critérios) porque nas curvas ele tende a escorregar lateralmente quando atinge o limite. Se aumentar a área de borracha, o pneu vai oferecer mais resistência ao atrito mecânico e o carro deslizará menos para os lados. Já as motos vencem a inércia inclinando-se para o lado interno da curva. Não adianta usar pneu mais largo porque a roda será a mesma e o pneu ficará deformado. Muito motociclista alega que o pneu novo mais largo melhorou a estabilidade. Na verdade não foi a largura que ajudou, mas o fato de ser NOVO! Qualquer pneu novo é melhor que um gasto! 

4) Inverter o lado - Isso acontece mais com quem usa motos em pistas. O que é mais preocupante ainda, porque quem tem a pretensão de ser um piloto de motovelocidade deveria procurar se informar melhor. Algumas pistas têm curvas mais para um lado, e o piloto "espertão" e muquirana inverte o sentido de rotação para aproveitar o resto de borracha. Isso implica em um problema bem sensível, porque em determinado momento as curvas para um lado ficarão bem mais "escorregadias". Mas o pior é que os pneus são colados com as fibras sempre num sentido único. Se inverter o sentido de rotação pode deformar a banda como se fosse um ralador de queijo. 

5) Recauchutar - Pneus de alta performance não aceitam remendos: furou, trocou! Em caso de emergência pode-se usar os remendos a frio para chegar em casa, mas se for passar de 250 km/h o remendo pode simplesmente espirrar longe! 

6) Calibragem - O melhor amigo do motociclista é o Manual do Proprietário, mas como as fábricas sabem que ninguém lê, espalham adesivos com informações pela moto. Uma delas é a calibragem. Tem a pressão para rodar sozinho e com garupa. Fora isso não altere e lembre-se que depois de aquecidos os pneus inflam por causa da água que tem na atmosfera. Isso é normal, não mexa! Calibre os pneus frios e deixe como está. 

7) Aquecimento - Pneus, especialmente os esportivos, funcionam melhor quando aquecidos. Ao sair de casa não acelere com muita vontade! 

8) Pneu novo - No processo de fabricação os pneus são revestidos com um produto ‘desmoldante’, uma espécie de cera. Nos primeiros quilômetros essa cera pode deixar os pneus escorregadios, portando nada de acelerar com a moto inclinada por pelo menos 50 km. Esse produto sai por atrito e calor. Se fizer as primeiras curvas com cuidado não há com que se preocupar!

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